Um relatório da ONU revela que mais de um bilhão de refeições são desperdiçadas diariamente no mundo, enquanto 800 milhões de pessoas enfrentam a fome. Este cenário alarmante coloca em questão a distribuição de alimentos e destaca o papel do desperdício na mudança climática. O desperdício não apenas afeta os mais pobres, mas também contribui significativamente para as emissões de gases de efeito estufa, agravando o problema das alterações climáticas.
O mundo desperdiçou 1,05 bilhão de toneladas métricas de alimentos em 2022, representando um quinto do total de alimentos disponíveis. A maior parte deste desperdício ocorre nas famílias, restaurantes e varejo, apontando para uma necessidade urgente de mudança nos hábitos de consumo e distribuição de alimentos. Apesar de esforços recentes para coletar dados sobre o desperdício alimentar, muitos países ainda não o monitoram adequadamente.
O relatório destaca a conexão entre o desperdício alimentar e as mudanças climáticas, com os sistemas alimentares responsáveis por cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa. Além disso, o desperdício alimentar contribui para a produção de metano nos aterros, um gás com um impacto significativo no aquecimento global. Países mais quentes são especialmente afetados, pois enfrentam dificuldades adicionais no armazenamento e transporte de alimentos.
Essas descobertas sublinham a urgência de ações globais para combater o desperdício alimentar e suas consequências devastadoras. Desde a implementação de políticas nacionais até mudanças nos hábitos individuais, é essencial abordar esse problema de maneira holística para garantir um futuro sustentável para o nosso planeta e para as gerações futuras.