A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) está no centro de uma nova crise política. O superintendente Danilo Cabral foi demitido do cargo após uma intensa pressão de governadores e políticos de outros estados da região. A saída de Cabral acontece em um momento delicado, no qual se discutem as prioridades de investimento e a distribuição de recursos da autarquia federal.
Fontes próximas ao governo federal indicam que a demissão foi resultado de uma articulação que busca uma maior representatividade de outros estados nordestinos na gestão da Sudene. A insatisfação de alguns líderes regionais com a centralização de projetos e a suposta falta de diálogo de Cabral foram o estopim para a decisão. A movimentação acendeu um alerta em Pernambuco, que temia perder a influência em uma das principais instituições de fomento do Nordeste.
A demissão de Danilo Cabral abre um vácuo de poder e coloca em xeque a continuidade de projetos importantes em desenvolvimento. A expectativa agora é sobre quem será o próximo a assumir o cargo e como a nova liderança irá equilibrar os interesses de todos os estados do Nordeste, mantendo o foco no combate às desigualdades regionais e no desenvolvimento social e econômico. O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nomeação do novo superintendente.