O influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, publicou no dia 6 de agosto de 2025 um vídeo de cerca de 50 minutos intitulado “adultização”, no qual denuncia casos de exploração e sexualização de crianças e adolescentes nas redes sociais. O conteúdo rapidamente se tornou viral, ultrapassando 30 milhões de visualizações em apenas cinco dias.
No vídeo, Felca relata situações graves envolvendo influenciadores que expõem menores em contextos impróprios: desde reality shows com conotação sexual até a sexualização precoce incentivada por familiares em busca de engajamento. Ele também destaca o papel dos algoritmos — apelidado por ele de “Algoritmo P” — que potencializam a difusão desse tipo de conteúdo ao “aprender” rapidamente as preferências dos usuários .
Um dos casos mais emblemáticos citados por Felca é o do influenciador paraibano Hytalo Santos, já investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) desde 2024 por possíveis violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Após a repercussão das denúncias, Hytalo teve sua conta no Instagram desativada.
A repercussão política foi imediata. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautará projetos de lei voltados à proteção infantil — propostas que já ficaram conhecidas como “Lei Felca” . No Senado, senadores como Jaime Bagatolli e Damares Alves propuseram até mesmo a criação de uma CPI para investigar a exploração infantil nas redes sociais.
O vídeo também causou amplo engajamento nas redes sociais e entre celebridades, com hashtags como #AdultizacaoNao e #ProtejamAsCriancas ganhando força. ONGs de proteção à infância e especialistas em direito digital reforçaram a urgência da regulamentação das plataformas de redes sociais.
Segundo um levantamento recente, o vídeo ultrapassou 45 milhões de visualizações em dez dias, consolidando-se como um marco no debate sobre proteção infantil nas redes sociais.